Sistema Circulatório dos Moluscos e Anelídeos

FILO MOLUSCA

O sistema cardiovascular, apesar do desenvolvimento das artérias, veias e capilares, é sempre aberto (exceto nos cefalópodes), comunicando-se com lacunas sanguíneas situadas entre vários órgãos. O coração dos moluscos tem posição dorsal, é saquiliforme e recebe o sangue proveniente dos órgãos respiratórios por intermédio de veias; compõe-se de um ventrículo e um número de aurícula que varia com o número das brânquias. O sangue é azul pela presença da hemocianina, que é um pigmento respiratório rico em cobre.
Nos gastrópodes e nos bivalves a circulação é aberta ou lacunar. O coração dorsal, com uma ou duas cavidades, bombeia o sangue até as lacunas que estão entre os tecidos; das lacunas ocorre a distribuição dos nutrientes para os tecidos. Se o molusco for aquático, o sangue passa das lacunas para a brânquia onde é oxigenado. Se for terrestre, o sangue é oxigenado nos pulmões; da brânquia ou do pulmão o sangue retorna para o coração, sendo bombeado novamente para as lacunas. Nos cefalópodes a circulação é fechada. Este é o grupo mais evoluído com o coração formado por três cavidades: duas aurículas e um ventrículo. O coração bombeia o sangue diretamente para os tecidos; dos tecidos o sangue passa para o coração branquial; deste o sangue passa para as brânquias onde é oxigenado; das brânquias o sangue retorna para o coração, sendo bombeado novamente para os tecidos. A classe Scaphopoda não tem um sistema cardiovascular organizado.


FILO ANELIDA

Além do líquido celômico que funciona no transporte de substâncias, os poliquetos possuem um sistema cardiovascular composto basicamente de um vaso dorsal e um vaso ventral conectados por vasos dorsoventrais. Assim como em muitos invertebrados, o sangue circula dorsalmente no sentido ântero-posterior e retorna para a região posterior do corpo pelo vaso ventral. Associado ao tamanho relativamente grande dos anelídeos, em comparação com os protostômios acelomados, e com a compartimentação do celoma, e regiões do trato digestório especializadas na absorção de nutrientes, é essencial a presença de um sistema cardiovascular adaptado ao transporte e distribuição dos nutrientes (Fig. 2).
Devido ao seu tamanho pequeno, a maioria dos poliquetos satisfaz as suas necessidades de oxigênio apenas através de respiração cutânea. Todavia, os animais maiores ou mais ativos apresentam brânquias que, frequentemente, são modificações dos ramos dorsais dos parapódios (notopódios). Além da captura de alimento, os radíolos dos Sabelídeos também funcionam como brânquias (Fig. 2B e C). Nos animais maiores ou mais ativos, é comum a presença de pigmentos respiratórios, destacando-se a hemoglobina, porém também pode ocorrer a presença de clorocruorina e hemoeritrina.


Fig. 2 - Esquema de respiração de um anelídeo.

O sistema cardiovascular dos oligoquetos é semelhante ao dos poliquetos, porém nas espécies conhecidas o sangue sempre circula dentro de vasos. O vaso dorsal tem grande capacidade de contração, devido à presença de músculos circulares, e válvulas que garantem um fluxo em uma única direção. Além disso, existem dois a cinco pares de vasos dorsoventrais circum-esofágicos que também ajudam na propulsão sanguínea.
A maioria dos oligoquetos possui hemoglobina dissolvida no plasma. Umas poucas espécies de água doce apresentam expansões laterais da parede do corpo que funcionam como brânquias, porém a maior parte das trocas gasosas ocorre pela superfície do corpo. Glândulas de muco ou celomodutos mantêm a superfície úmida facilitando as trocas e animais de porte maior podem apresentar uma rede de capilares epidérmicos.


Fontes: http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_3/1-Invertebrados_II.pdf
colegiomilitarpmvr.com.br/Documentos/6Anelídeos%20e%20Moluscos.pdf

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